09/11/2009

Erva-do-sangue



Polygonum equisetiforme Sm.

Fiel ao género que primeiro a acolheu, esta planta não se juntou à debandada que aqui relatámos há dias: nasceu Polygonum, e Polygonum há-de ficar; não quer ser confundida com uma Persicaria, e por isso não solicitou nova identidade aos botânicos que dão despacho a tais assuntos.

Espontânea na Península Ibérica, nalguns outros países da bacia mediterrânica (Bulgária, Creta, Grécia, Turquia) e ainda nas ilhas açorianas, a P. equisetiforme tem uma distribuição esparsa, preferindo terrenos cultivados ou ruderais. O exemplar em cima foi fotografado na Murtosa, na berma da estrada que margina a Ria de Aveiro. É uma bonita planta formada por compridos ramos filiformes cravejados de minúsculas flores brancas. O fotógrafo ficou com as articulações doridas, tanto tempo se manteve agachado à espera de que o vento lhe concedesse uma pausa e a planta se aquietasse. Mas a espera foi compensadora.

O epíteto equisetiforme, segundo explicam os dicionários, alude à semelhança superficial da erva-do-sangue (mais um daqueles nomes enigmáticos) com algumas plantas do género Equisetum - plantas primitivas conhecidas entre nós como cavalinhas ou rabos-de-cavalo.

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