22/05/2007

Sobreiro centenário classificado- Canhestros

.

Este imponente sobreiro (Quercus suber), com a idade provável de cerca de 200 anos, classificado de interesse público em Outubro de 2001, fica localizado no lugar de Canhestros, freguesia e concelho de Silves.
Na altura da visita, em Agosto de 2004, existia um arremedo de placa > ,tombado por terra, evidenciando o despeito que alguém sentia por aquele estatuto, impeditivo do avanço de parte do projecto de construção (creio que o alargamento de um acesso ou algo que o valha como nos informaram então).
Tenho curiosidade em saber se quando foi visitado pelos nossos amigos do Sombra Verde, há cerca de um mês, o sobreiro dito de Canhestros estava identificado como árvore de interesse público. Realmente, é uma pena que o exemplo do Sobreiro de S. Geraldo não seja seguido pelas autarquias. Na minha opinião a lei de 1938 deveria ser actualizada de modo a incluir- entre outras coisas- a obrigatoriedade da sinalização das árvores classificadas.

2 comentários :

Pedro Nuno Teixeira Santos disse...

Vivam,

Quando a visitei juntamente com uns amigos, no mês passado, encontrámos a placa que vocês mostram na fotografia pousada sobre um muro.

É este o respeito que as árvores nos merecem, ou seja, qualquer mamarracho tem direito a placa alusiva de inauguração...por vezes, quase tão grande como o objecto a inaugurar; mas quando são instituições do estado (o mesmo que as classifica) quem primeiro as desrespeita, será que poderemos exigir algo dos particulares?

No Norte, no Minho em particular, encontrei no ano passado (quando estive a dar aulas em Vila Verde) alguns sobreiros dignos de nota, nomeadamente à beira das estradas (entre Braga e Guimarães e entre Braga e Barcelos)...talvez devido à maior pluviosidade do Norte litoral, alcançam um porte difícil de igualar a Sul. Quando voltar a Braga vou tentar fotografá-los.

Abraço

a d´almeida nunes disse...

Esta atitude por parte das autoridades administrativas é recorrente. É suposto que estas autoridades deveriam zelar pelo interesse público, nomeadamente pelo bem estar das populações. E que melhor forma de proporcionar sensações de bem-estar, de viver saudável, que preservar as árvores? E os jardins? E os bancos dos jardins? E os arruamentos? E os canteiros?
Quanto às árvores monumentais isso nem deveria ser necessário andarmos para aqui a reclamar.
Está a custar sensibilizar certas pessoas principalmente quando as confrontamos com o poder do dinheiro que poderiam ganhar se não fosse o espaço ocupado pelas árvores!?...
Hoje comemorou-se com pompa e circunstância, todas as autoridades políticas, civis, militares e religiosas presentes, o Dia do Município de Leiria.
Uma belíssima oportunidade para classificar, oficial e solenemente, uma quantidade de árvores que as há, ainda, por esta zona!
Um abraço
António Nunes