06/06/2005

Dos Jornais - requalificação da avenida dos Aliados na Assembleia, amanhã

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«A sessão extraordinária da Assembleia Municipal (AM) do Porto, destinada à discussão do projecto de requalificação da avenida dos Aliados, foi adiada para amanhã (...) A nova avenida, em granito, terá passeios mais largos e a placa central mais estreita. O desenho prevê ainda o desaparecimento dos canteiros de flores e da calçada à portuguesa, o que constitui, até ao momento, o principal motivo da contestação ao projecto. A presença de Siza Vieira na Assembleia Municipal poderá, amanhã, contribuir para esclarecer as muitas dúvidas que têm sido colocadas em relação ao futuro da avenida dos Aliados.» Ler notícia completa no Comércio do Porto

Há dúvidas que não são dúvidas, são pura e simplesmente perguntas. Quem é que explica como é que as obras avançaram do modo como avançaram sabendo que existe na Avenida um conjunto de imóveis considerados de valor concelhio e classificados de interesse público, beneficiando por isso do perímetro de protecção de 50 metros previsto pelo artigo 43º da Lei n.º 107/2001? (Não sabia? então leia aqui o rol desses edifícios). Isto para não falar no que parece evidente: o valor patrimonial da Avenida dos Aliados e Praça da Liberdade (que pelos vistos se encontra "em vias de classificação" desde 1993). Se para estes senhores, esta zona da cidade não tem valor patrimonial, então nada tem esse valor (provavelmente apenas as suas próprias obras!)

Como comentou aqui ABG: «Para quê mexer no que está bem? Este, como a Boavista, é outro caso em que só se faz porque o dinheiro é barato e dos outros (fundos atribuídos ao Metro pelo OGE, CE, BEI), como se não houvesse um custo de oportunidade, como se não houvesse custos. Mas estragar o que lá está só para mostrar serviço, está para lá da minha compreensão. (...)»
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